29 de abr. de 2010

MPDFT quer que Brunelli e Eurides Brito devolvam juntos quase R$10 milhões

Com artilharia pesada, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) disparou contra dois deputados distritais supostamente envolvidos com o esquema de pagamento de propina que derrubou o governo do DF após as investigações que deram origem a Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O ex-deputado Júnior Brunelli (PSC) e a distrital Eurídes Brito (PMDB) foram alvo de duas ações civis públicas com pedido cautelar requerendo a indisponibilidade de seus bens e a devolução de quantias milionárias que teriam sido utilizadas de forma irregular.

As duas ações deram entrada ontem, às 16h, na 2ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do DF e serão apreciadas pelo juiz Álvaro Luís Ciarlini, o mesmo magistrado que deferiu outra ação movida pelo MP pedindo a indisponibilidade dos bens do ex-deputado Leonardo Prudente. Com isso, já são três de um total de oito distritais investigados pela Polícia Federal no supostos esquema fraudulento, que podem ter que acertar contas com a Justiça.

O valor da ação movida contra Brunelli é de R$ 5.554.080 milhões. Os promotores de Justiça do Núcleo de Combate Às Organizações Criminosas (NCOC) teriam se baseado em quantias supostamente usadas de forma irregular pelo deputado, incluido o recebimento de dinheiro por parte do esquema desbaratado pela PF. Na ação contra Eurídes Brito, a causa foi estipulada em R$ 4.304.412 milhões, utilizando como base o mesmo cálculo feito nos casos Brunelli e Leonardo Prudente, que teve sua ação estipulada em R$ 6.354.080 milhões.

De acordo com fontes do Ministério Público ouvidas pela reportagem, as ações contra Brunelli e Eurídes Brito devem ter o mesmo resultado do processo contra Prudente, ou seja, a indisponibilidade de todos os bens e direitos, bem como das empresas nas quais figurem como sócios, direta ou indiretamente, consistentes em imóveis, veículos, aeronaves e embarcações.

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