15 de fev. de 2011

PDT na corda bamba com o Salário Mínimo


Além de atrapalhar a intenção do Executivo de aprovar o salário mínimo de R$ 545, o comportamento dos parlamentares do PDT em plenário pode definir o futuro de Carlos Lupi na Esplanada. O Palácio do Planalto já deu indícios de que cada cargo no governo dado a aliados será cobrado com juros durante votações importantes. Os responsáveis por facilitar a caminhada governista no Congresso serão os titulares desses postos. Caberá a eles liderarem suas respectivas bancadas. O teste de fidelidade do Planalto teve início com o titular dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR). Durante a candidatura avulsa de Sandro Mabel (PR-GO) à Presidência da Câmara, ele foi pressionado pelo governo e conseguiu a abertura de processo de expulsão do deputado, que insistiu em concorrer. No caso da votação do mínimo, cada voto do partido com o governo reforçará a permanência de Lupi no cargo. A cada dissidência, é o pescoço do ministro que ficará a prêmio. Conformado com a falta de disposição do Planalto em negociar concessões, Lupi falará hoje com os deputados do partido para expor um único quadro. Com maioria consolidada, a hipótese de o governo passar o trator sobre a oposição e os dissidentes na votação do mínimo é bem mais provável do que uma virada capitaneada por um partido com menos de 30 deputados. Com chances reduzidas de vitória em plenário, Lupi pedirá que os parlamentares esqueçam o mínimo. O voto de amanhã servirá mesmo para selar a permanência da legenda na Esplanada a partir da reforma ministerial marcada para o ano que vem.

Com informações do correioweb.

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